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“Cadê você, meu filho?!”

“Scooby-Doo, cadê você, meu filho?!”

Você leu na voz dele, não foi?

Triste saber que não passa de um eco.

Que a resposta não vem mais.

E quem perguntou não está entre nós.

Triste saber que a Máquina do Mistério está vazia, que as aventuras terminaram, que a noite virou dia, e que estas vozes se calaram.

Triste ver o palco abandonado, o microfone emudecido, o fim de um reinado, os mestres se despedindo.

Hoje, não se despedem apenas dois. Se despedem dez, cem, duzentos. Se despede o cão, o coelho, o vilão e o marinheiro. Se despedem os corações tricolores. Se despedem vozes, vidas, almas que viajaram lado a lado.

Se eternizam aqui e se encontram no eterno.

Um obrigado à arte dos microfones.

Obrigado por gravarem suas risadas, trapalhadas, seus berros, seus bordões, seus dramas, sua fama. Obrigado por nos fazer acreditar no sonho de criança, na mágica do para sempre, no final feliz e no herói que salva o dia. Obrigado por nos fazer acreditar que o infinito é logo além, que nós temos a força, que estamos prontos, que livres estamos, que foi sem-querer-querendo. Obrigado por dar vida à memória, obrigado por dar cor à lembrança, obrigado traduzir esperança, obrigado por guardar o timbre dos que já se foram, obrigado por emoldurar a eternidade.

Obrigado Orlando.

Obrigado Monja.

“Scooby-Doo, cadê você, meu filho?!”

“Salsicha, olha eu aqui!”

Você leu na voz deles, não foi?

Um obrigado à dublagem.

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